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quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Protesto por melhorias na educação renova esperanças


Mais de duas mil pessoas foram às ruas pedir melhorias na área da educação, ontem (22). Representantes de movimentos sociais, como o MST, além de estudantes e professores de escolas públicas se concentraram em frente à reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Canela. Eles reivindicam por mais dinheiro para a assistência estudantil, eleição direta para a escolha dos diretores de escolas e a construção de mais quatro universidades públicas no Estado. A manifestação fez parte da Jornada pela Educação, que está sendo realizada nas principais capitais do país e é liderada por diversas entidades, como a União Nacional dos estudantes (UNE), Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais sem-Terra (MST), e mais outros 20 movimentos. A Jornada foi acertada em torno de um documento com 18 recomendações para a melhoria da educação pública. Os dois primeiros falam em erradicação do analfabetismo e fim do vestibular, e dos processos excludentes de seleção para ingresso em universidades.
A Jornada pela Educação pode até não conseguir alcançar seus objetivos de imediato, por diversos motivos, e um deles é a falta de interesse (que bem conhecemos) de políticos e autoridades que, em tese, têm a responsabilidade e o dever de melhorar o ensino público e garantir uma melhor educação para a população do país. E pelo que podemos ver nos noticiários da semana, esta luta ainda irá travar muitas batalhas. Perdemos o direito de gritar, reivindicar e prostestar. Manifestantes são tratados como marginais e vândalos. Policiais espancam aqueles que brigam por um futuro melhor e mais digno, enquanto a justiça "libera" deputados ladrões e corruptos. Enfim, está tudo errado. Mas, sem dúvidas, esse protesto (Jornada pela Educação) abre uma frestinha de luz e renova uma esperança já adormecida. Ora, um movimento que envolve e une as capitais do país num só discurso e prática nos faz lembrar que podemos sim fazer democracia. Como naquele tempo, em que um povo de cara pintada foi às ruas lutar por um Brasil melhor. Se continuamos falando a mesma língua e tendo o mesmo ideal, ainda podemos nos aglomerar e, em uma só voz, gritar por um futuro mais justo. A educação é o primeiro passo.


Fontes: A Tarde, Estadão

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